segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ainda

Não é sempre, mas quase sempre sinto falta de tudo. Vem-me à mente as lembranças de todas as tardes quentes, do nosso horário, com todo aquele gosto de proibido. Ainda, mesmo que antes de dormir, me vem à cabeça sua saia longa, o sorriso tão bobo a me ver, o levantar da sobrancelha, e suas tantas variações de humor que me permitia ver seu rosto em configurações infinitas. Ainda sinto muita falta de você, do jeito que a gente conversava sobre português e de todas as infinitas demonstrações de inteligência e que tanto me encantava. Não vou negar que ainda lembro-me de tudo como se fosse agora. Ainda lembro-me de tudo que me fez te amar, tudo o que te fez se afastar. Ainda ouço algumas músicas só pra relembrar, como essa que estou ouvindo e fez com que eu escrevesse esse texto, e lembrar que ainda te tenho guardada no meu peito, lembrar que ainda tenho a mesma vontade de cuidar de você. Sinto vontade de sair correndo, bater em sua porta, te abraçar e sentir pelo menos mais uma vez o coração acelerar, a mão suar e as penas ficarem bambas. Dizer tudo o que sinto e te dizer que te desejo sempre aqui perto de mim, em cima de mim, dentro de mim [...]

                                                                                          Sanches L.

Just Give Me A Reason ♪



Tempo

Engraçado, quando a gente se pega pensando na vida, nos deparamos com coisas assim. Quando eu era criança, tinha tanta certeza de que queria ser médico quando crescesse, tinha tanta certeza quanto eu penso hoje em nem chegar perto de sangue ou algo do tipo. A vida nos prega cada peça e ao mesmo tempo ensina qual caminho seguir. Aprendemos que o tempo não para pros cristais quebrados serem colados. Que a vida, é sim, baseada em sorrisos. Mas de uma coisa não devemos duvidar: Se for pra ser teu, essa hora irá chegar.

                                                                                                                                                 Sousa M.

domingo, 19 de maio de 2013

O que restou.

Nessa fase em que me encontrava, estava vivendo intensamente cada segundo que eu passava ao lado dessa pessoa fantástica que você é. Cada instante ao seu lado, cada gesto seu, pocuro eternizar em minha mente. E quando estou sozinha me perco viajando e lembrado de tudo o que vivemos. Claro, lembrar de você não é tão difícil, só tenho lembranças de momento felizes que compartilhamos juntas, de cada palavra, cada gesto, das pequenas brigas, dos ciúmes e de todos os carinhos que sempre vêem depois. Tudo ao seu lado foi verdadeiro, com você me sintia protegida, me sintia mais forte, me sentia com mais energias para realizar meus objetivos. Obrigada por cada momento. Agora só resta lembrar.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ser feliz, que mal tem?

Eu estava tentando entender, não sei se alguém pode me dizer, mas a gente sempre ama 100%, sempre se doa por inteiro, sempre ama primeiro. Mas eu sempre tive que ser forte ou pelo menos tentar, fingir ser. Nós temos a mania de adiar nossos sentimentos, temos deixado tudo para depois, para algo além, mas e se for o último dia para o fim do mundo? Às vezes fico na indecisão entre a lógica e a razão, fico pensativa  prefiro não falar com ninguém, prefiro não ter importância pra alguém. Às vezes fico querendo falar com a única pessoa que não me dá bola, com a única que me importa naquele momento, a qual eu não preciso esconder meus lamentos. Às vezes tenho vontade apenas de andar, andar sem rumo, sem destino, sem direção, andar para o sul, talvez para o leste, até em algum caminho campestre. Eu tenho vontade de bater na tua porta e apenas te abraçar e somente sentir que você está lá. Às vezes eu procuro não ligar, não falar, não pronunciar nada. Eu queria poder te ver o tempo inteiro. Você falaria que me ama assim como eu falaria que amo você? No último segundo, na última jogada da vida, você abriria teus sentimentos de peito aberto? Mergulharia de fundo nesse mar do amor? E se não existisse um amanhã? Você viveria tudo hoje? Dê um abraço, um beijo, o que primeiro vier está bom, assim, desse jeitinho, do jeito que você é. E desse jeito a gente vai vivendo. Você teria medo de arriscar? De ser feliz? De ter algo que sempre quis? E se o amanhã fosse seu último hoje? Você estaria satisfeita com o que viveu, gostaria de repetir algo ou viver mais? Mesmo com todas essas perguntas sem respostas, eu a vi, sempre a vejo, vindo em minha direção. É uma alegria que não consigo entender, mesmo com a dor, as feridas físicas, ela me faz esquecer do medo que eu tenho de voltar para o meu mundo, no qual era obscuro antes dela entrar, me faz esquecer das coisas complicadas, me faz rir e eu noto como ela fala, e com aquela gargalhada rasgada que eu gosto de ouvir, com aquele abraço que eu gosto de sentir. Sempre fui fechada, tudo levo na brincadeira, mas ela agora sabe de tudo, inclusive do meu amor, o que me deixa feliz. Aproveite cada segundo. Viva-o como se fosse infinito, como se tudo fosse acabar um segundo depois. Seja feliz, arrisque.
Sanches L.